JOÃO PESSOA

Mais de 11 mil famílias estão ameaçadas de despejo na Paraíba, aponta estudo

Maioria das famílias em risco estão localizadas na capital João Pessoa. Estado é o quinto com maior número de famílias ameaçadas de despejo em todo o país.

Cerca de 11.264 famílias estão sob risco de despejo no estado da Paraíba, segundo estudo da Campanha Despejo Zero, da ONG Habitat para a Humanidade Brasil. O estado é o quinto no país com o maior número de famílias ameaçadas de despejo. Conforme os números, 7.764 dessas famílias estão localizadas na capital João Pessoa, enquanto o restante está espalhado por 13 municípios e vivem em ocupações irregulares.

O levantamento mostra que a Paraíba contabiliza 74 conflitos, de diferentes naturezas, como motivadores pela possibilidade de despejo das pessoas. A comunidade Aratu, na capital paraibana, envolve um dos maiores contingentes de famílias que podem perder as moradias, no caso 1.200 famílias. Ao todo, cerca de 49 mil pessoas já foram afetadas pelo despejo ou, no mínimo, convivem com a possibilidade disso acontecer.

Os dados obtidos são referentes até o dia 14 de fevereiro e podem estar subnotificados, segundo a ONG responsável pelo estudo.

O levantamento mostra também que o estado com o maior número de pessoas nessa situação, em todo o país, é o de São Paulo, com 63.781, seguido por Amazonas com 29.672, além de Pernambuco com 21.552 e Rondônia com cerca de 13.806. Nesse ranking, a Paraíba aparece na quinta colocação nos dados nacionais.
No Brasil inteiro, 1.115 conflitos envolvendo disputas por terra e moradia foram identificados pelo levantamento. Desde 2020, 36.566 famílias já foram oficialmente despejadas de suas moradias no território brasileiro.

Localizada em um terreno de propriedade do governo do estado, entre os bairros de Mangabeira e da Penha, a comunidade do Aratu abriga um dos maiores contingentes de famílias que podem ser despejadas, cerca de 1.200.

Em meio a essa realidade, os moradores da ocupação convivem com condições precárias de vida. As moradias existentes são construídas por meio de alvenaria ou até são barracos levantados de forma improvisada. A população também denuncia a falta de atenção e preocupação por parte do poder público com questões básicas, como saneamento, acesso à água potável, transporte e energia elétrica.

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