COLUNAPASTOR ERI ALVES

O TERAPEUTA JESUS – Por Eri Alves

Foto: Reprodução

Alguém comparou a ansiedade a uma cadeira de balanço, que ao manter o ansioso ocupado, não o levará a lugar algum. É um sofrimento vivido por antecipação; um “bis in idem psicológico, sanção pelo erro que não cometeu e que se paga por muitas vezes. É um preso manietado nas correntes do futuro temerário. É a doença do nosso século, dizem especialistas da psicologia e da psiquiatria, patologia mental que cresce alarmantemente em todo mundo. Para se ter uma ideia, no Brasil, mais de 18 milhões de pessoas sofrem de transtornos de ansiedade, o que corresponde a cerca de 9,3% da população.

Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que constatou o nosso país com maior prevalência de transtornos de ansiedade no mundo.
Do ponto de vista conceitual da ciência, a ansiedade é uma emoção normal que pode ser um sinal de alerta para perigo ou ameaça, real ou imaginária. Ela pode ser útil para ajudar a identificar situações de risco e preparar-se para enfrentá-las. No entanto, fugindo do controle fisiológico, leva a vítima a enfrentar sintomas como: pensamentos descontrolados, falta de ar, coração acelerado e falta de sono, neste caos, cada noite um tormento na hora do descanso.
A verdade é que a ansiedade foi uma doença bem presente no passado, quando homens também viviam em um mundo competitivo, preocupados em angariar recursos que garantissem o sustento e a glória, da mesma forma que hoje, persecução de ideais humanos em meio a renhidas competições. Então vejamos que há dois mil anos, em terras da galileia, Jesus viu a ansiedade marcar de forma impiedosa uma multidão, que naquela oportunidade, buscava um remédio no rabino pregador.

Como um proficiente terapeuta, o mestre nazareno usou de uma dose cavalar de exortação sobre as mentes das almas oprimidas. “Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? (Mateus 6:25). Cristo diz isso depois de ensinar a oração do Pai Nosso, que mais do que um repetir palavras, era uma expressão firme de fé, naquele que pode todas as coisas, Deus que cuida diligentemente de seus filhos.
Naquele monte, Jesus mostrou que a ansiedade é uma preocupação tola daqueles que buscam viver da força do próprio braço, como se nele pudesse garantir a própria vida. Ele diz: E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? Na verdade, Deus é quem prover sobre toda sua criação, aos homens concedendo prosperidade. A orientação do terapeuta Jesus é que o remédio para o coração ansioso está no crer e descansar no Pai eterno.

Ao invés de buscar juntar tesouros pessoais que se perdem neste mundo passageiro, o homem deve busque juntar fortunas no Pai. Confie no Senhor. Busque a sua bondade e as demais coisas serão acrescentadas, a exemplo de um coração feliz e bem estar. Diz o salmista: Eu me deitei e dormi; acordei, porque o Senhor me sustentou (Salmo 3:5). Palavras de uma alma que venceu a ansiedade por confiar no Senhor. De quem dorme muito bem todas as noites. Que na cama encontra um sono reparador ao corpo. Na clínica do terapeuta Jesus há descaso para todos os cansados e oprimidos. No divã de Cristo, a fé vence todo o medo. Que Deus vos abençoe.

Eri Alves

 

Eri Alves – Pastor e Jornalista

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