PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS – Oficina-Escola de Revitalização do Patrimônio Cultural de João Pessoa
Sérgio Botelho – A revitalização do patrimônio histórico é essencial para preservar a memória e a identidade cultural de uma comunidade. Os edifícios históricos, monumentos e espaços públicos representam histórias, estilos arquitetônicos e valores de época, funcionando como testemunhos visíveis do passado. Restaurar e conservar esses espaços ajuda a transmitir às novas gerações a importância da herança cultural, restabelecendo conexão entre passado e presente.
Além disso, a revitalização pode impulsionar a economia local por meio do turismo, gerando oportunidades de emprego e incentivando o desenvolvimento de pequenos negócios nas áreas revitalizadas. Embora sendo de muita valia a participação da comunidade, a revitalização do patrimônio histórico, contudo, exige o trabalho de técnicos especializados, como arquitetos, engenheiros, restauradores e historiadores.
Esses profissionais possuem o conhecimento necessário para lidar com as especificidades de cada estrutura e material, garantindo que as intervenções respeitem e conservem as características originais. Pois bem, em 1 de agosto de 1991, na esteira de um convênio firmado entre os governos estadual e federal com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional, foi criada em João Pessoa a Oficina-Escola de Revitalização do Patrimônio Cultural de João Pessoa, justamente com a participação de uma equipe de profissionais à altura das exigências já citadas para o trabalho de revitalização. Inclusive, na capacitação de jovens (às centenas), na vertente pedagógica e social da Escola.
Cito, por exemplo, revitalizações da Igreja da Misericórdia, do Engenho Paul, da Capela da Graça, da Igreja de São Frei Pedro Gonçalves, do antigo Hotel Globo, do Casarão dos Azulejos (foto), da igreja do Mosteiro de São Bento, de prédios da Praça Antenor Navarro, do coreto da Praça Venâncio Neiva e da fábrica Tito Silva (que terminou virando endereço da Oficina Escola). Não foi pouco o que foi feito pelo grupo, resultando mesmo na reconfiguração do nosso Centro Histórico.
Sérgio Botelho -jornalista e escritor