COLUNASÉRGIO BOTELHO

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS – A Praça XV de Novembro

Sérgio Botelho – Não dá para fugir de um certo sentimento de conexão com o passado da cidade quando caminhamos pelos mesmos caminhos que gerações e figuras históricas um dia percorreram, na histórica João Pessoa. É sempre uma experiência que fortalece o senso de pertencimento à trajetória da cidade. A afetividade é ainda maior quanto estamos no Varadouro, onde tudo começou. A profundidade das sensações experimentadas cresce por sentirmos a história atingir seu auge. A foto que ilustra a crônica de hoje é da atual Praça XV de Novembro, no referido bairro do Varadouro, lugar que já serviu de palco a acontecimentos de grande importância para a memória pessoense, por força de sua proximidade com o porto, durante séculos, e, depois, com a estação ferroviária, que ficava ali bem perto. Em 1859, foi o primeiro espaço da cidade avistado pela família real, à frente Dom Pedro II, em histórica visita à Paraíba, quando ostentou o nome de Praça Imperial. Até que veio a República, em 1889, e seu nome foi trocado para XV de Novembro. Ali funcionou, em sua versão original, o Hotel Globo, que depois foi construído no Largo da Igreja de São Frei Pedro Gonçalves, templo cuja torre é possível avistar ao fundo, na foto, Hoje, hotel e igreja se constituem em referências históricas e turísticas para a cidade. Se conectam com a Praça XV de Novembro ruas igualmente relevantes para a memória de João Pessoa, a exemplo da João Suassuna e da Visconde de Inhaúma. Portanto, a Praça XV de Novembro não é apenas um espaço físico, cheio de movimento de gentes e veículos, conforme acontece. Trata-se, na verdade, de um notável ponto de encontro entre o ontem e o hoje, na memória pessoense.

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