COLUNASÉRGIO BOTELHO

PARAHYBA DO NORTE – Avenida Maximiano de Figueiredo

Na foto, a Maximiano Figueiredo, vista a partir da Praça da Independência.

Sérgio Botelho – O início do Século XX foi particularmente significativo no processo de expansão da atual João Pessoa. Entre os anos 1900 e 1930, importantes vias foram abertas, ampliando a urbe pessoense nas direções norte, sul e leste. A avenida Tambiá, depois Deputado Odon Bezerra e Monsenhor Walfredo, ao norte, mas apontando para o leste, e Rua das Trincheiras, na direção sul, foram as duas pioneiras. A partir daí, aparecem a avenida João Machado – assim como a Tambiá, no prumo do Leste -, ligando a Rua das Trincheiras à Estrada dos Macacos (atual Pedro II). Enfim, entre a João Machado e a nascente avenida Epitácio Pessoa, o caminho traçado foi pela Maximiano de Figueiredo (que terminou, da mesma forma que a João Machado, aos moldes de um boulevard). O homenageado, nascido na cidade da Parahyba, em 1868, concluiu o curso de Direito, conforme era comum à elite paraibana, na Faculdade de Direito de Olinda, em 1883, segundo breve narrativa biográfica elaborada pelo Centro de Documentação de História Contemporânea do Brasil, da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC-FGV). Chegou a exercer o cargo de secretário da presidência da província da Paraíba, no Brasil monárquico, durante a administração de Pedro Francisco Correia de Oliveira (agosto de 1888-fevereiro de 1889). Com o advento da República, aderiu ao novo regime, quando se transferiu para o Rio. Lá, entre maio de 1909 e agosto de 1915, dirigiu o jornal O País, e entre 1912 e 1917, foi deputado federal pela Paraíba, na condição de aliado do líder político do estado, Álvaro Machado, presidente paraibano por dois mandatos, e senador da República. A Maximiano de Figueiredo é hoje uma via quase majoritariamente de endereços empresariais, especialmente clínicas. Possui, em seu acervo urbano mais histórico, o velho prédio do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER-PB), na esquina com a avenida Duarte Gomes da Silveira. É uma rua de trânsito movimentadíssimo, e faz parte do Centro.

Sérgio Botelho – jornalista e escritor

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