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Hoje completa 25 anos da morte de Francisco Julião, líder das lutas pela Reforna Agrária no Brasil

Com o aumento da repressão no campo e o início da ditadura militar, Julião foi perseguido e preso. Exilado, deixou o país em 28 de dezembro de 1965 com destino ao México.

 Francisco Julião nasceu em Bom Jardim, no agreste pernambucano, em 16 de fevereiro de 1915. Formou-se advogado pela Faculdade de Direito do Recife em 1939 e assumiu a defesa jurídica da Sociedade Agrícola e Pecuária de Plantadores de Pernambuco (SAPPP), fundada em 1955. Esta sociedade deu origem a outras associações camponesas, que se tornaram as Ligas Camponesas. Julião também foi eleito deputado federal, legislando em defesa da população camponesa.
Líder das lutas pela Reforma Agrária no Brasil, Francisco Julião ganhou grande destaque como líder das Ligas Camponesas – Associações que reuniam os trabalhadores do campo, com o intuito de garantir a reforma agrária e uma vida digna.
No aspecto político institucional, as Ligas conseguiram eleger Francisco Julião deputado estadual por duas vezes e uma vez deputado federal por Pernambuco. Transformando-se em líder do movimento, Francisco Julião viajou para Cuba junto a Jânio Quadros, o que evidenciava o reconhecimento internacional da luta pela terra realizada no Brasil.
A partir de 1960, em especial após a visita de Julião a Cuba, onde conheceu de perto a ampla reforma agrária, passou a defender um projeto nacional de reforma agrária radical. Após dois mandatos como deputado estadual em Pernambuco, foi eleito deputado federal pelo Estado, em 1962.
✊🏾 Com o aumento da repressão no campo e o início da ditadura militar, Julião foi perseguido e preso. Exilado, deixou o país em 28 de dezembro de 1965 com destino ao México. Com a anistia política de 1979, retornou ao Brasil. Disputou a eleição para deputado federal em 1986, mas não conseguiu se eleger. Em 1986, viajou de volta para o México, onde faleceu em julho de 1999 de infarto, na cidade Cuernavaca, estado de Morelos. Foi cremado e deixou instruções para que suas cinzas fossem transportadas para Pernambuco, sua terra natal.

Fonte: Memorial das Ligas e Lutas Camponesas/ PB

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