POLÍTICA

Governo Federal cobra explicações da Prefeitura de João Pessoa pelas péssimas condições da merenda escolar na capital

A Coordenação Geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar está investigando diversas irregularidades e falhas graves relacionadas a merenda escolar nas unidades de ensino da Prefeitura de João Pessoa. Em um dos ofícios, o Governo Federal afirma que as denúncias revelam que a alimentação servida nas escolas e creches municipais são de péssima qualidade.

Os problemas apontados pela gestão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação confirmam as denúncias registradas diariamente pela população pessoense, afirma o deputado federal Ruy Carneiro.

“O descaso da Prefeitura de João Pessoa com a educação das nossas crianças é grave. Os relatos de problemas com a questão da merenda nas escolas e creches municipais são diários e assustadores”, criticou o deputado.

“A falha na alimentação dos estudantes pode comprometer severamente o desenvolvimento físico, cognitivo e intelectual das nossas crianças. É preciso uma intervenção urgente das autoridades nessa situação. Também defendo uma investigação detalhada para saber como os recursos federais estão sendo utilizados na aquisição e distribuição desses alimentos”, defendeu Ruy.

No ofício número 25933, direcionado pela direção do PNAE ao prefeito Cícero Lucena, o detalhamento dos problemas são ainda mais graves. O documento revela que a alimentação é de baixo valor nutritivo e muitas vezes as refeições são improvisadas pelas próprias merendeiras, sem a supervisão das nutricionistas.

O texto ainda afirma que faltam componentes para o preparo das refeições. Alguns citados foram sal, cominho, coloral, alho, cebola e verduras. Também estão servindo salsicha em substituição à proteína.

Uma dona de casa, que preferiu não se identificar, revelou que as crianças do Colinas do Sul sempre chegam em casa reclamando do almoço. “Aqui a situação está bastante grave já tem algum tempo. Tem semana que é sopa de manhã e de tarde, praticamente todos os dias. Muitas vezes são os professores e funcionários que levam os alimentos para não deixar faltar para os alunos. Já registramos diversas denúncias na Secretaria de Educação e na Ouvidoria do Município, mas as coisas só pioraram”, denunciou.

Outra grave questão citada em documento é que os cardápios elaborados pelos nutricionistas não correspondem com a alimentação ofertada. A coordenação do PNAE ainda solicitou um relatório conclusivo a ser entregue pela Prefeitura de João Pessoa no prazo máximo de 10 dias, apresentando as providências adotadas para solucionar os problemas.

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