Custo da cesta básica cai em João Pessoa e mais nove capitais, segundo Dieese
O valor do cojunto dos alimentos básicos diminuiu em 10 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre maio e junho de 2023, as quedas mais importantes ocorreram em Goiânia ( -5,04%), Brasília (-2,29%) e Vitória (-2,08%). As altas foram observadas em Recife (5,79%), Natal (5,00%), João Pessoa (4,12%), Aracaju (2,41%), Campo Grande (0,84%), Florianópolis (0,84%) e Salvador (0,26%).
João Pessoa
Em junho de 2023, o custo da cesta básica da cidade de João Pessoa foi o terceiro menor entre as 17 cidades pesquisadas pelo DIEESE, R$ 604,89; e, aumentou 4,12% em relação a maio. Em comparação com junho de 2022, a cesta aumentou 3,10% e, nos primeiros seis meses do ano, apresentou alta de 7,66%.
Entre maio e junho de 2023, seis bens apresentaram elevação no preço médio: tomate (50,43%), banana (2,05%), leite integral UHT (1,74%), arroz agulhinha (0,36%), açúcar cristal (0,24%) e café em pó (0,22%). Os outros seis produtos tiveram redução nos preços médios: óleo de soja (-8,47%), feijão carioquinha (-6,54%), farinha de mandioca (-3,22%), carne bovina de primeira (-2,93%), pão francês (-2,65%) e manteiga (-1,01%).
Em junho de 2023, o trabalhador de João Pessoa, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.320,00, precisou trabalhar 100 horas e 49 minutos para adquirir a cesta básica. Em maio, necessitou de 96 horas e 50 minutos. Em junho de 2022, quando o salário mínimo era de R$ 1.212,00, foram necessárias 106 horas e 30 minutos.
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em junho de 2023, 49,54% para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em maio, o percentual gasto foi de 47,58%. Já em junho de 2022, o trabalhador comprometia 52,34% da renda líquida.
