A antiga Pérsia e a mudança para o Irã: entenda a complexa relação com Israel e os motivos da guerra entre os dois paises
O mundo está acompanhando a batalha entre Irã e Israel, que ja causou muita destruição dos dois lados. Mas, você sabia que o Irã, que era chamado de Pérsia, foi um grande aliado de Israel? O que mudou no decorrer do tempo para existir tanta rivalidade? Quando a Pérsia passou a ser chamada de Irã? Por que essa guerra?
A Pérsia e Israel: uma parceria Bíblica
A Bíblia registra várias instâncias de cooperação e parceria entre a Pérsia (atual Irã) e Israel. Aqui estão alguns exemplos:
1. Ciro, o Grande: No livro de Esdras, capítulo 1, é registrada a proclamação do rei Ciro, da Pérsia, permitindo que os judeus retornassem a Jerusalém e reconstruíssem o Templo após o exílio babilônico. Ciro é descrito como um líder que foi escolhido por Deus para cumprir esse propósito (Esdras 1:1-4).
2. Apoio à Reconstrução do Templo: No livro de Esdras, capítulos 4-6, é narrada a história da reconstrução do Templo de Jerusalém, que foi possível graças ao apoio do rei Dario I da Pérsia. Dario ordenou que os governadores da região não interferissem na obra e até mesmo forneceu recursos para a sua conclusão (Esdras 6:1-12).
3. Proteção Real: No livro de Ester, capítulo 8, é registrada a história da rainha Ester, que intercedeu junto ao rei Assuero (Xerxes I da Pérsia) para proteger os judeus de uma conspiração contra eles. O rei emitiu um decreto permitindo que os judeus se defendessem contra seus inimigos (Ester 8:1-17).
Esses textos bíblicos mostram que, em certos períodos da história, a Pérsia teve uma relação de parceria e cooperação com Israel, especialmente durante o período do exílio e da reconstrução do Templo.
A Pérsia, hoje conhecida como Irã, tem uma longa história de relações complexas com Israel. Até a Revolução Islâmica de 1979, o Irã era uma monarquia secular liderada pelo Xá Mohammad Reza Pahlavi, que mantinha boas relações com Israel. No entanto, após a revolução, o país mudou drasticamente, adotando um regime islâmico radical liderado pelo Aiatolá Khomeini.
A mudança de nome e de regime
Em 1935, o país mudou seu nome de Pérsia para Irã, refletindo a identidade nacional e cultural do povo iraniano. No entanto, foi a Revolução Islâmica de 1979 que transformou radicalmente o país, estabelecendo um regime teocrático baseado na lei islâmica. O novo regime rompeu as relações com Israel e passou a adotar uma postura anti-israelense, considerando Israel um “inimigo” do Islã.
A hostilidade atual entre Israel e o Irã
Hoje em dia, a relação entre Israel e o Irã é extremamente tensa. Israel vê o Irã como uma ameaça existencial devido ao seu programa nuclear e às declarações públicas de líderes iranianos pedindo a destruição de Israel. Em resposta, Israel tem realizado ataques a alvos iranianos na Síria e em outros lugares, além de realizar operações de sabotagem contra o programa nuclear iraniano.
Objetivos de Israel
Os objetivos de Israel em relação ao Irã são múltiplos:
1. Prevenir o desenvolvimento de armas nucleares*: Israel busca impedir que o Irã desenvolva armas nucleares, o que considera uma ameaça direta à sua segurança.
2. Minar a influência iraniana na região: Israel procura reduzir a influência do Irã na Síria, no Líbano e em outros países da região.
3. Proteger a segurança nacional: Israel busca proteger sua população e território de possíveis ataques iranianos.
Profecia Bíblica e a guerra
Algumas interpretações bíblicas sugerem que o Irã desempenhará um papel importante nos eventos do fim dos tempos. No livro de Ezequiel, capítulo 38, é mencionada uma coalizão de nações liderada por “Gog, da terra de Magog”, que alguns interpretam como se referindo ao Irã. No entanto, a interpretação dessas profecias é objeto de debate entre os estudiosos e não há consenso sobre sua aplicação direta aos eventos atuais.
Reflexos para o mundo
A tensão entre Israel e o Irã tem reflexos significativos para o mundo:
1. Risco de conflito regional: A escalada da tensão pode levar a um conflito mais amplo na região, envolvendo outros países.
2. Impacto na economia global: Uma guerra no Oriente Médio pode ter impactos significativos na economia global, especialmente nos preços do petróleo.
3. Desestabilização da região: O conflito pode contribuir para a desestabilização da região, exacerbando problemas de segurança e humanitários.
Em resumo, a relação entre Israel e o Irã é complexa e tensa, com raízes históricas e culturais profundas. A situação atual é marcada por uma hostilidade mútua, com Israel buscando prevenir o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã e reduzir sua influência na região. Os reflexos dessa tensão são significativos, tanto para a região quanto para o mundo.

Durante da tensão, Israel busca atrair apoio de outras nações. Se caso isso acontecer, não representará apenas ajuda a Israel. Mas, a entrada de outros países no conflito, a exemplo dos EUA, ampliará ainda mais os impactos, porque outros países, que apoiam os dois lados podem se manifestar com seu apoio bélico. Com isso, o mundo correrá o risco de uma guerra mundial.



