PARAÍBA

‘Hortas para a Liberdade’ produz hortaliças através de hidroponia no Presídio de Sapé

A Vara de Execução Penal (VEP) da Comarca de Sapé, em parceria com a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), por meio da Gerência Executiva de Ressocialização, iniciaram uma abordagem inovadora na ressocialização de pessoas privadas de liberdade: o Projeto ‘Hortas para a Liberdade’. A iniciativa promove educação profissionalizante dos reeducandos, com o cultivo de hortas hidropônicas.

O juiz titular da VEP de Sapé, Anderley Ferreira Marques, disse que a unidade judiciária destinou recursos para implementação do projeto. “A Direção do Presídio Regional apresentou o projeto, com parecer favorável do Ministério Público, e nós da Justiça destinamos os recursos das prestações pecuniárias, passando ao acompanhamento de sua execução. Acreditamos que as hortas hidropônicas têm capacidade de beneficiar não apenas as unidades prisionais, como escolas e creches com o fornecimento sustentável de hortaliças”, comentou Anderley Ferreira Marques.

O coordenador e idealizador do Programa Hortas para a Liberdade, Lucas Brás, disse que a horta em formato vertical foi meticulosamente planejada para otimizar o espaço disponível. “Com apenas 30m², é capaz de cultivar até 800 plantas/molhos por mês. É importante destacar que o sistema de cultivo oferece atualmente capacitação para oito reeducandos do presídio”, informou.

Ainda segundo Brás, são cultivadas coentro, alface, cebolinha, rúcula, alho-poró, repolho, acelga, manjericão e alecrim. “Esses vegetais não apenas enriquecem a dieta da unidade, mas também oferecem aos reeducandos a oportunidade de aprender habilidades práticas e valiosas para o seu retorno ao convívio em sociedade”, destacou.

Já o Diretor do Presídio Regional de Sapé, Jonny Brilhante, falou sobre a importância do Projeto para o meio ambiente. “Esta é uma técnica mais sustentável, se comparada com a agricultura tradicional, e que muito vai beneficiar no processo de ressocialização dos reeducandos, com o aprendizado do cultivo das hortaliças, na alimentação da unidade prisional”, ressaltou. Brilhante também disse que os excedentes da produção serão doados para abrigos de idosos e instituições de caridade.

Por Fernando Patriota

 

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