COLUNAPASTOR ERI ALVES

UMA PERORAÇÃO PELO Pr.ERI ALVES – Quem tem medo da pós-modernidade Gospel?

Quem tem medo da pós-modernidade Gospel? Uma pergunta atual, que serve respostas no meio cristão, como em um maniqueísmo religioso, entre tradicionais e progressistas (conceito não político). E aqui, não um julgamento pessoal, mas uma reflexão. Ainda menino, há 40 anos, e hoje, como se em um cinerama, vejo na igreja Congregacional, onde dei os primeiros passos da fé, em Brejo dos Santos, interior da Paraíba, uma polêmica entre os jovens e os mais idosos, estes fundadores da congregação.

O objeto da controvérsia, uma caixa de madeira, recoberta de couro, para ser usada pelo grupo de louvo, como instrumento de percussão, já que não havia uma bateria, e nem era permitida.

O que hoje seria totalmente obsoleto e ridículo, naquele tempo foi um grande escândalo. No entanto, percebeu-se que a novidade acabou por animar a igreja, favorecendo um novo tempo de crescimento. A modernidade fez bem. Por outro lado, as vicissitudes, por meio dos influxos das novidades, que hoje surgem com muita mais rapidez, as vezes impede refletir sobre os impactos de se adotar novidades em nossas igrejas, a exemplos de estruturas de palco, elementos cênicos, sendo propício por jogos de luzes, parede preta, acrescentando a uma programação de festas, o anuncio de quem vai abrilhantar o culto na pregação da mensagem e o levita cantor.

O ambiente de culto foi transformado, o que faz lembrar casas de recepção, não mais o tradicional santuário de bancadas e púlpito de madeira. Isso é bom? Pelo número dos que vão, pelo fervor apresentado, imagino que sim. No entanto, a reflexão é premente, que encontra foco nas intenções do nosso coração, enquanto líderes.

Para o cuidado que devemos ter para não negociar os princípios cristãos em troca de um bom público, em que Cristo está no papel de coadjuvante, tendo só o brilho de “estrelas gospels”. Lembro de Saul, que orientado por Samuel, ficasse à espera do profeta. No entanto, o rei vendo o os soldados indo embora, temendo a presença do exército filisteu, acabou oferecendo sacrifício para agradar o povo, evitando a deserção de todos.

No final, completa repreensão e rejeição do reinado de Saul. (1 Samuel 13:1-12). É certo que todos queremos que o SENHOR se compraza em nós. Portanto, usar a modernidade para demostrar um ministério profícuo, agradando aos homens, na realidade, constituirá um grande perigo de estarmos proporcionando um culto pagão, dedicados ao nosso ego. Mas se em nossa igreja a modernidade tem trazido vidas até Jesus, sob o poder da mensagem da cruz, ela será de bom alvitre. Deus nos abençoe.

Eri Alves – Pastor e Jornalista

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