Psiquiatra alerta para a importância da busca por ajuda médica aos primeiros sintomas de transtorno mental
Sentimento de angústia, tristeza e choro fácil, além de ansiedade e sensação de menos valia podem ser sintomas de que o indivíduo esteja passando por algum sofrimento mental. Embora esses sejam sinais claros e que necessitam de intervenção, muitas vezes a ajuda profissional demora a ser acionada. O médico psiquiatra Alfredo Minervino, que atua no Hospital Universitário Lauro Wanderley, chama a atenção para a importância de enfrentar os estigmas e recorrer à assistência psiquiátrica assim que surgirem os primeiros sintomas.
“O preconceito às vezes não nos deixar chegar ao médico psiquiatra, por associarmos a doenças graves. Mas doenças mentais são bastante comuns e podem afetar qualquer um de nós em qualquer ordem de nossa vida. Então, é preciso buscar ajuda sempre que houver situações de condição alterada em nossa vida. É preciso entender que, quanto mais cedo procurar intervenção, quanto mais cedo se romper os preconceitos e estigmas, aumentam as chances de ficarmos bem. Psiquiatra é um médico como outro qualquer”, enfatizou.
Minervino explica que muitos distúrbios psiquiátricos ocorrem por influência de fatores sociais. Ele enumera ainda as condições genéticas e as alterações bioquímicas como desencadeadores de transtornos mentais. O psiquiatra ressalta que procurar um especialista é determinante para o bem-estar dos pacientes e destaca que o tratamento, além de acompanhamento com psiquiatra, passa por sessões de psicoterapia e assistência nutricional.
No HULW, são atendidos cerca de 600 usuários no ambulatório de Psiquiatria todos os meses. O serviço funciona há pelo menos 12 anos e, para ter acesso, é necessário encaminhamento por meio da Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa.
Alfredo Minervino, que é chefe do programa de residência médica em Psiquiatria do Hospital Universitário Lauro Wanderley, informou que o HULW-UFPB/Ebserh conta com assistência interdisciplinar para pacientes psiquiátricos, inclusive com atendimento também nas especialidades de enfermagem psiquiátrica, terapia ocupacional e psicopedagogia.
“Contamos com várias modalidades de tratamento em psiquiatria, como o ambulatório de esquizofrenia, de psiquiatria infantil, de esquizofrenia em primeiro surto, ambulatório de ansiedade, de transtorno bipolar, de depressão, ambulatório de TOC (transtorno obsessivo-compulsivo)”, citou o médico psiquiatra Alfredo Minervino.
