PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS – O agitado Busto de Tamandaré
Sérgio Botelho – Nesta segunda-feira, 08, o Busto de Tamandaré serviu mais uma vez de endereço a um evento de peso na capital paraibana, no caso, o que marcou as homenagens dos filhos de santo à orixá Iemanjá, em seu dia.
Além da festa de devoção oferecida à Rainha do Mar, das tradições religiosas afro-brasileiras, o Busto de Tamandaré sedia eventos de todos os tipos, de esportivos e religiosos a atos públicos reivindicatórios, cívicos e políticos.
De tal forma virou referência urbana, que o imenso espaço de asfalto, praça e areia à beira-mar passou todo ele a ser conhecido como Busto de Tamandaré, se transformando, também, num dos locais de maior visibilidade turística da cidade.
Na condição de espaço político, por exemplo, aquele final da Avenida Epitácio Pessoa, no limite das praias de Cabo Branco e Tambaú, superou os prestígios que um dia tiveram a Praça João Pessoa, o Ponto de Cem Reis e o Parque Solon de Lucena.
Afora o busto que batiza todo o local urbano onde está fincado, Tamandaré também dá nome à principal avenida de Tambaú, a que liga os bairros de Cabo Branco e Manaíra, esbarrando em outro local marcante da orla, o Largo da Gameleira.
Num breve arrazoado biográfico, Joaquim Marques Lisboa nasceu em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, em 1807, e construiu longa carreira na Armada Imperial, chegando ao posto de Almirante.
Participou de conflitos como a Independência do Brasil, a Guerra da Cisplatina, a Guerra do Prata, a Revolução Farroupilha, a Guerra do Uruguai e a Guerra do Paraguai. Recebeu, pelo conjunto da obra, os títulos de Marquês e de Patrono da Marinha do Brasil.
Toda essa visibilidade urbana faz do homenageado com o busto, o Almirante e Marquês de Tamandaré, um dos mais beneficiados entre os distinguidos com a perpetuidade nos diversos logradouros de João Pessoa.
Sérgio Botelho – Jornalista e escritor



